da Agência iNFRA
A Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) divulgou, na última quarta-feira (19), um ranking que mostra a assiduidade dos estados na atualização do Renaest (Registro Nacional de Estatística e Sinistros de Trânsito). De acordo com o ranking, 12 estados estão com repasses em atraso, deixando de cumprir com a obrigação legal dentro do prazo de três meses. Entre os estados em situação irregular estão Rondônia, Santa Catarina, Tocantins, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Acre, Roraima, Maranhão, Pernambuco, Amapá, Pará e Rio Grande do Sul.
O Renaest é um sistema que reúne dados sobre acidentes de trânsito no Brasil. Ele serve para monitorar e analisar estatísticas de sinistros, o que auxilia na formulação de políticas públicas de segurança viária. O prazo para repasse das ocorrências é de até três meses após o sinistro.
Mensalmente, a Senatran elabora um ranking com base na frequência de envio de dados sobre acidentes pelos órgãos locais dos últimos três meses. Estados que mantêm o sistema atualizado recebem melhor pontuação. Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais lideraram o ranking mais atualizado.
“É muito importante para a Senatran monitorar a qualidade dos dados. O Renaest é uma obrigação legal e é nosso papel cobrar dos estados”, disse o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, durante a 4ª Conferência Ministerial Mundial sobre Segurança Viária, que acontece no Marrocos.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, também participou do evento e enfatizou a importância do esforço dos entes federativos e da transparência de dados para a implementação de políticas efetivas em prol da redução das mortes no trânsito.
“Nós estamos muito mobilizados para cumprir a meta de reduzir 50% das mortes no trânsito até 2030. Para isso, precisamos fazer um trabalho federativo importante, então estamos criando um ambiente de promoção das melhores iniciativas nacionais, com destaque para os municípios e os estados que reduzem mortes no trânsito, que garantem mais segurança. Ao mesmo tempo, vamos destacar negativamente aqueles que fizeram muito pouco, a fim de iluminar os pontos de maior problema nacional e de apresentar também as melhores iniciativas”, detalhou Renan Filho.