Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a estatal está preocupada com o fato de postos de abastecimento que exibem a marca Petrobras, mas são da Vibra, não repassarem o barateamento dos combustíveis promovido pela estatal em suas refinarias. Sem citar o nome da distribuidora, Magda disse que a cessão da marca, “infelizmente”, faz parte de um contrato e indicou que vai respeitá-lo.
“Nos preocupa ter a nossa marca divulgada e espalhada pelo Brasil vendendo combustível acima do preço e incorporando margem. Fica a recomendação para quem compra: pressionem, perguntem porque isso está acontecendo, qual é o tipo de margem, se essa margem é tolerável ou não, se o mercado suporta esse aumento de margem toda vez que a Petrobras baixa o seu preço”, disse Magda a jornalistas nesta terça-feira (13).
Segundo a Petrobras, desde o início de abril, o diesel Petrobras já foi reduzido em R$ 0,45 por litro, o que deveria levar a uma queda de R$ 0,39 nas bombas, que não se verificou. Segundo Magda, o mesmo tem acontecido com outros combustíveis, como a gasolina e o QAV (combustível de aviação).
O contrato de exploração da marca Petrobras pela Vibra acaba em 2029, com mais cinco anos para o chamado “debranding”, isto é, o limite final para que postos bandeirados exibam a marca em suas testeiras. Em janeiro de 2024, ainda na gestão anterior, a Petrobras notificou a Vibra que não pretende renovar a licença de uso da marca. É a primeira vez que Magda aborda o tema e se queixa da distribuidora em público.
Procurada, a Vibra informou que não comenta o assunto.
