da Agência iNFRA
Usinas híbridas são aposta
A Auren trabalha na construção da usina Sol do Piauí, de 48 MWp de capacidade instalada. Foi o primeiro projeto híbrido em escala comercial do Brasil a obter outorga pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e será construído junto ao Parque Eólico Ventos do Piauí I, com sinergias operacionais de conexão ao sistema de transmissão, de operação e de manutenção do parque. A previsão de investimento em Sol do Piauí monta R$ 255 milhões, com expectativa de entrada em operação comercial no terceiro trimestre de 2023.
Usinas híbridas são sistemas de combinação de duas ou mais fontes de produção de energia e compartilham fisicamente e contratualmente a infraestrutura de conexão e uso da rede de transmissão, ou seja, obtêm sinergias de custos.
No fim do ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou a regulamentação para usinas híbridas e associadas, que estabelece regras para a outorga, a contratação do uso dos sistemas de transmissão, tarifação dos empreendimentos e descontos nas TUST (tarifas de uso).
Histórico
Depois de quase duas décadas de tentativa, o governo paulista leiloou em novembro de 2018 a Cesp (Companhia Energética de São Paulo), única geradora de São Paulo ainda nas mãos do Estado. Para aumentar o interesse dos investidores, o governo federal autorizou a prorrogação da concessão da hidrelétrica Porto Primavera (1.540 MW), condicionada à privatização. O prazo do contrato de outorga, que terminava em 2028, foi estendido até 2048. A Votorantim Energia e o fundo de pensão canadense CPPIB (Canada Pension Plan Investment Board) foram os únicos interessados em comprar o controle. Aceitaram pagar R$ 1,7 bilhão. Em 28 de março, as ações da Cesp deixaram de ser negociadas na B3. Sua razão social foi alterada para Auren Energia.
Raio-X: Estrutura acionária
A antiga Cesp passou a ser negociada na B3 como Auren Energia no fim do mês de março deste ano, com a incorporação das ações da Cesp pela Votorantim, detentora de 37,7% de participação na subsidiária. A CPPIB, sócia da Votorantim, detém 32,1% da participação.