Leila Coimbra, da Agência iNFRA
Dados apresentados pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) mostram que a greve dos caminhoneiros impactou gravemente a indústria. O consumo de energia chegou a cair 40% em alguns segmentos, como o alimentício, mostrando que a falta de insumos deve ter paralisado por completo algumas linhas de produção.
Segundo a CCEE, os ramos de atividade mais prejudicados pela paralisação foram o alimentício (-39,5%), bebidas (-31%), veículos (-28,6%), manufaturados diversos (-24,2%), madeira, papel e celulose (-22,7%) e de minerais não metálicos (-21,6%).
Em uma análise feita no período imediatamente anterior à greve, que começou no dia 23 de maio, é possível verificar que a indústria vinha apresentando alta no consumo de energia em comparação ao mesmo período de 2017, o que sinalizava uma ligeira recuperação da economia.
O consumo entre 1º e 22 de maio houve o aumento no consumo de energia nos seguintes patamares: alimentícios (+1,5%), bebidas (+7%), veículos (+5,7%), manufaturados diversos (+3,3%), madeira, papel e celulose (+6,4%) e minerais não metálicos (4,7%).
Segundo a CCEE, os números “confirmam o impacto significativo da greve no desempenho da indústria no último mês”.