Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
O setor de mineração no Brasil assumiu o compromisso nesta quinta-feira (9) de reduzir em até 90% suas emissões diretas de carbono até 2050, conforme nota divulgada pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração). A meta foi apresentada pela Coalizão Minerais Essenciais ao embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas).
De acordo com o Ibram, o encontro com o embaixador se deu na reunião organizada pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável). O encontro discutiu as três “áreas-chave” para a transição climática: minerais essenciais, agricultura e energia elétrica. A Coalizão Minerais Essenciais reúne 14 entidades e empresas do segmento.
Para o instituto, o envolvimento do setor nesse debate “reforça o compromisso do setor mineral com uma economia de baixo carbono, a inovação tecnológica e a transição energética justa, além de reconhecer o papel estratégico da mineração na oferta de insumos essenciais para soluções sustentáveis em escala global”.
Meta 2050
O Ibram informou que o estudo da Coalizão Minerais Essenciais, que embasa a decisão de o corte das emissões de poluentes, aponta para o potencial do setor para contribuir com a diminuição das emissões totais do país, reduzir as emissões globais da cadeia do aço e apoiar o avanço da eletrificação mundial. Além disso, “mostra que a transição energética global está diretamente vinculada à mineração”, ressaltou.
“O Brasil está posicionado estrategicamente neste cenário, por possuir uma das maiores diversidades geológicas do mundo, um setor mineral desenvolvido e uma matriz elétrica renovável, entre outros fatores”, destacou o Ibram, em nota.
Vale
Na ocasião, o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, frisou o papel do setor mineral para a transição energética e a geopolítica mundial. “O Brasil está no centro dessa discussão, pois tem enorme potencial de produção desses minerais, além de ser um dos maiores produtores de minério de ferro de alta qualidade, essencial para a descarbonização da siderurgia”, disse o executivo, em nota.
Para Raul Jungmann, presidente do Ibram, o relatório apresentado mostra que a mineração é um “pilar essencial da solução para a crise climática”. Ele ressaltou que o Brasil possui uma “vantagem competitiva única, com diversidade geológica e uma matriz elétrica limpa”.








