da Agência iNFRA
A queda de 2% no comércio exterior do país no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2018 nem é o que mais assusta o diretor-geral da Maersk para a Costa Leste da América do Sul, Antonio Dominguez.
“As importações de produtos químicos caíram 10%. Isso basicamente foi por causa de fertilizantes”, disse Dominguez apontando para uma má perspectiva para os próximos meses. “Isso impacta, certamente terá impacto nas exportações no futuro. Não há nada que tenha mudado aqui para esse resultado.”
Sem fertilizantes, a perspectiva é de que as próximas safras tenham menor área plantada ou produtividade, o que pode diminuir a quantidade de produtos que o país exporta nesse setor.
O relatório do primeiro trimestre da companhia, a maior empresa de navegação do mundo, aponta que a queda nas exportações não teria qualquer ligação com a falta de infraestrutura, de navios ou de preços, já que a moeda estava desvalorizada. De acordo com o paper, o problema pode ser na competitividade dos produtos nacionais.
Dominguez afirma que, diante do quadro, os navios que fazem comércio exterior com contêiner no Brasil estão saindo com capacidade ociosa.
“Está faltando carga”, afirmou Dominguez.
Ele diz que a companhia ainda não avalia mudança nas linhas e segue confiando no crescimento do comércio exterior do país, mas que será necessário, além de aprovar as reformas, concluir acordos comerciais que facilitem o comércio com outras regiões. O relatório completo está neste link.