Leila Coimbra, da Agência iNFRA
A Eletronuclear solicitou à CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) a extensão de vida útil de Angra 1, de 40 para 60 anos. O presidente da empresa, Leonam Guimarães, disse à Agência iNFRA que, com um programa de investimentos nos equipamentos, é possível aumentar a vida útil do reator da usina, agregando de forma econômica energia ao sistema por mais 20 anos.
“Considerando que a vida licenciada pela CNEN de 40 anos de Angra 1 se encerra em 2024, a Eletronuclear apresenta, com cinco anos de antecedência, seu requerimento de extensão para mais 20 anos, com base em programas que implicam em investimentos na usina da ordem de R$ 1 bilhão. Esse investimento representa um baixíssimo custo para os 640 MW ‘novos’ a partir de 2025”, explicou o presidente da Eletronuclear.
Hoje, as extensões de vida útil de reatores nucleares vêm ocorrendo no mundo todo. São possíveis graças ao avanço tecnológico, que permitiu que novos materiais e técnicas sustentassem a segurança das usinas por um tempo maior que o inicialmente projetado.
Os Estados Unidos prorrogaram a operação de mais de 70 usinas nucleares, nas quais a vida útil passou, na maioria dos casos, de 40 para 60 anos. Já existem estudos que podem estender a operação das usinas para até 80 anos. França e República Tcheca também aumentaram a vida útil de seus reatores.
As usinas nucleares brasileiras, seguindo o padrão dos Estados Unidos, foram licenciadas para operar por 40 anos. Também conforme o padrão norte-americano, o pedido de extensão de vida útil deve ser feito cinco anos antes do fim da licença de operação.