Leila Coimbra, da Agência iNFRA
A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) decide na próxima quarta-feira (15), em AGO (Assembleia Geral Ordinária), os novos nomes para substituir três dos seus cinco conselheiros, cujos mandatos vencem no dia 30: Talita Porto, Solange David e Ary Pinto Ribeiro.
Para a vaga de Solange, destinada aos distribuidores, deve ser aprovada a indicação de Marco Delgado, pelos agentes. Em substituição a Ary, na cadeira de direito dos comercializadores e grandes consumidores, foi fechado acordo em torno de Marcelo Loureiro. Já na vaga dos geradores, as apostas são na recondução de Talita Porto.
Indefinição no ONS
No ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), porém, a dança das cadeiras parece não tão definida. Vencem os mandatos de três dos cinco diretores do órgão, em maio, inclusive o do diretor-geral, Luiz Eduardo Barata. Junto dele terminam os mandatos de Francisco Arteiro, diretor de Planejamento; e Álvaro Fleury, diretor de TI, Relacionamento com Agentes e Assuntos Regulatórios.
Nomes podem ficar para o dia 28
Na próxima quinta-feira (16), haverá reunião do conselho de administração do órgão, em que normalmente são apresentados os nomes das diretorias para a apreciação em assembleia no dia 28 de abril. O MME (Ministério de Minas e Energia) tem a prerrogativa de indicar o diretor-geral, e pode fazer isso diretamente na AGO.
Por conta da indefinição em torno da diretoria-geral do ONS, é possível que nenhum nome seja conhecido nesta semana. Barata pode ser reconduzido, e existe uma parte do MME simpática a isso. A experiência do executivo no cargo seria um ponto positivo, na atual crise. Mas conta negativamente o fato de Barata já ter trabalhado para o governo do PT e inclusive ter sido filiado ao partido.
Francisco Arteiro disputa com o atual diretor-geral a vaga. Arteiro tem conhecimento técnico do órgão, mas não é a primeira opção dentro do MME. Acredita-se que uma terceira via pode ser provável.
Cyrino sondado
As outras duas vagas na diretoria do ONS também não estão 100% fechadas, segundo fontes. Ricardo Cyrino, ex-secretário de Energia Elétrica de Minas e Energia, chegou a ser sondado para ir para uma diretoria, segundo apurou a Agência iNFRA. A mais provável seria a de Planejamento. Cyrino não teria aceitado por motivos pessoais, e por ter assumido uma nova função executiva há pouco tempo.
A solução costurada, então, é que uma pessoa de carreira do ONS vá para esse cargo. Funcionários do órgão estão cotados: Roberto Fontoura, assistente da diretoria-geral, ou Fernando França, assistente da diretoria de Planejamento.
Correm por fora dois nomes do mercado: Alexandre Zucarato, da Engie; e Rafael Ferreira, que está na Light e foi da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Para o lugar de Álvaro Fleury era dado como certo, até pouco tempo atrás, que Ary Pinto, que sai da CCEE, assumisse. Mas Marcelo Prais, assessor da diretoria do ONS, entrou na disputa pela cadeira.