Avanço da digitalização no setor de construção civil leva a fusão de empresas

da Agência iNFRA

O avanço do uso de tecnologia no setor de construção civil no país levou à fusão de duas grandes empresas, com a compra da Construmarket pelo grupo Softplan, um dos principais fornecedores de tecnologia para essa área. 

O projeto é conectar a Construmarket, plataforma especializada em gestão de compras e facilities no setor, com o software Sienge, da Softplan, que gerencia outras áreas do setor de construção. Mais de 210 mil obras no país são gerenciadas nesses sistemas. Um quinto das compras de insumos do setor passam pelas plataformas das empresas, de acordo com a companhia.

Ionan Fernandes, diretor-executivo da Softplan para a Indústria da Construção, explica que a união vai tornar possível que os clientes possam gerenciar 80% das demandas do ciclo da cadeia da construção civil pelos sistemas das empresas, levando tecnologia até o “canteiro de obras”.

Segundo Ionan, a expectativa é ampliar os ganhos para os clientes que se utilizam das tecnologias, que já são mensurados atualmente, como por exemplo 30% menos custos na implantação do metro quadrado em relação a não usuários.

“A gente vai poder entregar ao mercado uma diminuição de assimetria de informações como ninguém”, acredita Ionan. “Queremos entregar ao mercado ele ser verdadeiramente mais produtivo.”

Os problemas de baixo uso de tecnologia na construção civil têm sido apontados ao longo dos anos. Mas, para Ionan, o diagnóstico que foi feito pela empresa é que somente a partir de 2015 foi possível que os processadores pudessem suportar os pesados arquivos de projetos elaborados para o setor.

“Por mais que se quisesse, não dava para digitalizar o setor antes de 2015”, avalia o diretor. 

BIM
Jorge Alvarez, que é CEO da Construmarket, diz que a união das duas empresas tende também a trazer avanços para o uso do BIM (Building Information Modeling), um sistema de gerenciamento de obras que tem cada vez mais sido exigido como requisito para empresas em implantação de projetos públicos e privados.

Segundo ele, havia certa frustração com o BIM no setor devido aos elevados custos de implantação em termos de hardware, sem retorno claro. Mas isso tem mudado com a possibilidade de uso de ferramentas que podem fazer com que os dados sejam gerenciados até mesmo pelos celulares.

“Era caríssimo. Não tinha como utilizar sem um grande parque técnico, com hardware de alto preço. Agora dá para usar o celular. A inteligência de orçamento e de planejamento do Sienge se conecta com o BIM da Construmarket para realizar esse movimento de digitalização”, explicou Alvarez.

Ionan e Alvarez avaliam que o mercado de construção tem sido puxado nos últimos anos pelo setor imobiliário e em parte pelo setor de energia, mas que há expectativa para que o setor de construção pesada volte a crescer nos próximos anos.

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