da Agência iNFRA
A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) fez uma análise comparativa entre as despesas associadas a veículos movidos a óleo diesel, a GNV (Gás Natural Veicular) e a eletricidade. Como resultado, concluiu que “não há atratividade econômica aparente em favor dos alternativos no horizonte de tempo adotado (até 84 meses) quando se trata de um mercado de caminhoneiros autônomos”.
A empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia publicou, na segunda-feira (14), a nota técnica com análise da viabilidade de tecnologias alternativas para veículos rodoviários de carga. O objetivo do estudo, segundo o órgão, é ampliar o acesso à informação e apresentar perspectivas sobre as alternativas disponíveis ao transporte rodoviário de carga.
De acordo com a empresa, a participação de novas tecnologias é fundamental para o atendimento das metas de descarbonização e eficiência energética do setor de transportes. A abordagem usada no documento considera aspectos econômicos, operacionais e ambientais, a fim de fomentar o debate sobre a transição energética no setor e as alternativas para a mobilidade.
Nas conclusões da nota técnica, afirma-se que as alternativas ao diesel tiveram despesas mensais superiores e que a implementação de novos caminhões sem viabilidade econômica implicaria na oneração de diversos setores da economia – “e, em última instância, os consumidores”. Já em relação aos frotistas, segundo o estudo da EPE, haveria atratividade para a alternativa a GNV, mas “marginal”.
Apesar dos resultados obtidos, a companhia informa que, a fim de que se atinjam os objetivos de descarbonização, “um cenário com demanda crescente por veículos movidos a energia elétrica, com o aumento da oferta destes veículos, tende a gerar competitividade e ganhos de escala, o que causaria uma queda no markup, tornando a substituição mais atraente”.
