Sheyla Santos, da Agência iNFRA
A concessionária EPR está ampliando a parceria com a Climatempo de monitoramento em tempo real de suas concessionárias de rodovias em Minas Gerais, tendo em vista os impactos mais visíveis das mudanças climáticas.
De acordo com o diretor de Engenharia da EPR, Carlos Eduardo Xisto, esse sistema de monitoramento ininterrupto, no qual a Climatempo emite alertas e boletins para o Centro de Controle Operacional da empresa, foi iniciado em 2024 em três concessões estaduais – EPR Triângulo, EPR Vias do Café e EPR Sul de Minas – e será ampliado em 2025.
“A EPR Via Mineira também está entrando nesse sistema de controle e monitoramento”, disse o executivo em entrevista à Agência iNFRA, referindo-se à concessão federal que administra a rodovia BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora.
Segundo Xisto, o serviço de tecnologia de monitoramento climático, denominado SMAC (Sistema de Monitoramento e Alerta da Climatempo), auxilia a EPR em todas as etapas de planejamento de obras nas estradas, apontando tendências de fortes chuvas, ventos e deslizamentos de terra e direcionando a empresa a tomar decisões de forma preventiva, garantindo melhor fluidez e segurança aos usuários da via.
“[O serviço] permite que as obras também não corram risco de desestabilizar alguma parte do ativo rodoviário”, afirmou o diretor, lembrando que a empresa pretende fazer R$ 1,2 bilhão em obras no ano.
Variações bruscas no clima
Xisto conta que a necessidade de contratação e ampliação do serviço surgiu diante da mudança significativa nos padrões de clima pelo qual o país passa. “A gente buscou ferramentas que poderiam nos ajudar contra essas variações bruscas, que às vezes ocorrem no tempo, com alertas que poderiam também ser uma ferramenta estratégica para nós.”
A parceria impacta, segundo ele, diretamente na comunicação que a empresa faz com os usuários, por meio de painéis com mensagens variáveis localizados ao longo das vias. Ele relata que, como esses painéis estão interligados aos centros operacionais, a empresa passa a ter uma resposta mais precisa e veloz para orientar os motoristas, o que colabora para a redução de sinistros.
Além da segurança, o executivo afirma que a parceria promove uma redução no desperdício dos materiais utilizados para recuperar os pavimentos. “Quando chove, a massa asfáltica esfria. Isso dificulta a compactação e depois a performance também do pavimento. Isso acaba apoiando a gente também na prospecção do melhor momento de entrada em obras, do início de serviços grandes”, disse.
