da Agência iNFRA
O fluxo de veículos pesados em setembro reverteu a queda registrada no mês anterior e apresentou crescimento de 1,7%, quando comparado com agosto. Os números são do Índice ABCR, que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas. O levantamento é elaborado pela ABCR (Melhores Rodovias do Brasil) junto à Tendências Consultoria.
O índice total caiu 0,2% em setembro, na comparação dessazonalizada com agosto, refletindo a queda de 1% nos veículos leves. Quanto à alta do fluxo de pesados, atribui-se ao escoamento da produção agropecuária, embora em desaceleração, e pelo bom desempenho de alguns setores da indústria de transformação, segundo os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Gonçalves.
“No entanto, o ritmo de expansão enfrenta limitações impostas pela política monetária restritiva, que afeta os setores consumidores de frete”, observam os analistas. De acordo com eles, apesar disso, o avanço do comércio eletrônico exerce uma influência estrutural positiva e mantém a demanda por serviços logísticos elevada, o que contribui para que o fluxo de veículos pesados continue em níveis altos.
Quando os resultados do mês são comparados com o mesmo período do ano passado, o índice total aponta aumento de 2,3% no fluxo pedagiado de veículos, resultando da elevação de 1,7% no fluxo de veículos leves e de 4,1% dos veículos pesados. Já no recorte dos últimos doze meses, o índice total registra alta de 2,3% – com 2,4% de crescimento dos leves e 2,2% dos pesados.
Os analisas qualificaram como pontual a queda de 0,2% verificada na série dessazonalizada, quanto ao índice total. Eles comentam que, considerando o terceiro trimestre, houve um avanço de 0,6%, com aumento no fluxo de veículos leves (0,5%) e pesados (1,8%), o que indica uma recuperação parcial no período.
“O recuo dos veículos leves reflete uma devolução do forte crescimento de agosto, influenciado por fatores econômicos como o mercado de trabalho aquecido, que sustenta o deslocamento diário dos trabalhadores, mas também por restrições ao consumo, como crédito mais caro e inflação persistente”, disseram.








