da Agência iNFRA
Um estudo da Deloitte aponta que a transformação do setor de transportes nos próximos anos será impulsionada pela ampliação do uso de IA (inteligência artificial), pela mobilidade autônoma e pela adoção de combustíveis de baixa ou zero emissão de carbono. O relatório “Global Transportation Trends” identifica cinco prioridades estratégicas para o setor: diversificar modelos de financiamento e receitas, fortalecer a infraestrutura, integrar soluções de mobilidade autônoma, promover veículos menos poluentes e escalar o uso da IA.
Segundo o levantamento, agências públicas de transporte já recorrem à inteligência artificial para monitorar condições da infraestrutura em tempo real, analisar padrões de deslocamento e otimizar sistemas como semáforos, estacionamentos e rotas. A Deloitte destaca que a convergência entre tecnologias da informação e operacionais amplia a eficiência dos sistemas, mas exige atenção crescente à cibersegurança para proteger dados sensíveis e garantir a continuidade dos serviços.
O estudo também aponta avanços e desafios na integração da mobilidade autônoma, especialmente no transporte público. Ônibus e metrôs autônomos podem reduzir custos operacionais, aumentar a segurança e melhorar a eficiência das rotas, mas ainda dependem de maior aceitação social, adaptação da infraestrutura e consolidação de marcos regulatórios.
No campo da descarbonização, o relatório destaca o Brasil como referência internacional no uso de biocombustíveis, especialmente o etanol. De acordo com a Deloitte, cerca de 93% da frota nacional é composta por veículos flex, o que reforça o papel do país na transição energética. O estudo ressalta ainda políticas recentes, como a Lei do Combustível do Futuro, que incentiva o uso de alternativas como biometano, SAF (combustível sustentável de aviação) e diesel verde.








