da Agência iNFRA
Como garantir recursos para o salto de investimentos em infraestrutura que o Brasil precisa dar? Em menos de uma semana, líderes governamentais e renomados especialistas do setor reúnem-se em um dos maiores eventos de infraestrutura do país para debater soluções de financiamento para investimentos em concessões, e a possibilidade de utilização de recursos de bancos de fomento para iniciativas de descarbonização e obras de adaptação climática.
O encontro, programado para o dia 14 de dezembro, no B Hotel, em Brasília (DF), faz parte do evento “Infraestrutura: Caminhos para transição sustentável”, promovido pelo MoveInfra. Um dos nomes já confirmados é o do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Últimas vagas
A Agência iNFRA será parceira oficial do evento, produzindo conteúdo e divulgando as principais informações sobre o encontro. As inscrições, que são gratuitas, podem ser feitas neste link. Devido ao número limite de participantes, as vagas devem se encerrar a qualquer momento.
No painel 3 – “Financiamento e Infraestrutura” –, que acontece a partir das 14h30, será abordado um dos desafios cruciais que permeiam os investimentos: o financiamento em um cenário marcado por taxas de juros elevadas, buscando assim compreender estratégias inovadoras e viáveis para enfrentar essa realidade e impulsionar o progresso.
O CEO da Ultracargo e painelista do evento, Décio Amaral, explica que o cenário econômico é dinâmico e influenciado por fatores como políticas monetárias, condições macroeconômicas e eventos globais que afetam diretamente as taxas de juros e, consequentemente, o ambiente de investimento. Portanto, Amaral ressalta a necessidade de planejamentos a longo prazo como estratégia.
“Na Ultracargo, trabalhamos com projetos de longo prazo, olhamos um cenário mais amplo. A nossa estratégia de crescimento não muda, então precisamos adaptar nossas captações de recursos conforme as condições econômicas evoluem. Com a Selic alta, os custos de captação de recursos tornam-se mais elevados, impactando diretamente o nosso custo de capital e, portanto, tendemos a ser mais seletivos e criteriosos ao avaliar novos projetos. Isso pode resultar na inviabilização ou postergação de importantes investimentos para o país”, disse.
Sustentabilidade
Além disso, para garantir recursos que promovam iniciativas rumo à sustentabilidade, é necessário diversificar as fontes de financiamento, afirma o chefe-executivo da companhia.
Nesse sentido, o CEO da EcoRodovias, Marcello Guidotti, acrescenta que a taxa de juros no momento da tomada de decisão para estruturação dos projetos é uma informação fundamental a ser levada em consideração. No entanto, o custo de financiamento e os juros não são as únicas variáveis a serem consideradas.
“É preciso analisar diversos fatores do projeto, incluindo a qualidade de suas premissas, a correta alocação dos riscos, a consistência do ambiente regulatório, os impactos sociais e ambientais a longo prazo e, finalmente, a sua taxa de retorno, considerando o cenário macroeconômico”, ressalta.