Geraldo Campos Jr. e Marisa Wanzeller, da Agência iNFRA
O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) aprovou nesta quarta-feira (30) a proposta defendida pelo governo sobre o nível de aversão ao risco na operação do sistema elétrico em 2026. Foram mantidos os parâmetros de 2025.
O setor divergiu sobre o tema. Os comercializadores alegam que a proposta aprovada acabará aumentando o nível de aversão ao risco e, consequentemente, pode elevar o preço da energia. Já o governo e os geradores dizem que há uma manutenção dos parâmetros.
Foi aprovado manter o CVaR (parâmetro de cálculo de risco) em 15,40 em 2026, o mesmo vigente neste ano, conforme nota técnica do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), CCEE (Câmara de Comercialização de Energia) e EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Esse indicador mede o quanto o sistema aceita correr riscos hidrológicos e afeta a operação de usinas e os preços da energia, como o PLD (Preço de Liquidação de Diferenças).
Segundo avaliação do comitê, as condições de risco adotadas em 2025 mostraram-se satisfatórias. “Mesmo diante de um período chuvoso abaixo da média, os níveis dos reservatórios das hidrelétricas permaneceram estáveis, mantendo o Sistema Interligado Nacional (SIN) com armazenamento superior a 65%, o que reforça a robustez da estratégia de operação do sistema”, informou o MME (Ministério de Minas e Energia) em nota.








