01/08/2025 | 16h33  •  Atualização: 04/08/2025 | 17h20

Vale não sente impacto relevante de tarifaço imposto por Trump, diz VP de finanças

Foto: Ricardo Teles/Vale

Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA

O vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Vale, Marcelo Bacci, afirmou nesta sexta-feira (1º) que a elevação de tarifas impostas pelo governo dos EUA (Estados Unidos) aos produtos brasileiros tende a produzir um efeito negativo limitado sobre a companhia. O mesmo vale para eventual confirmação da ameaça de retaliação por parte do Brasil.

“Em relação às tarifas, o peso dos EUA como destino dos nossos produtos é muito pequeno na Vale. A gente tem mais ou menos 3% da nossa receita vinda de clientes nos EUA e a grande maioria se refere a produtos exportados do Canadá para os Estados Unidos, não do Brasil”, afirmou o executivo, em entrevista a jornalistas. A maior mineradora brasileira tem a China como principal destino da sua produção de minério de ferro.

Níquel
Bacci explicou que, no caso do comércio via Canadá, o produto destinado é o níquel, que não sofreu qualquer tipo de taxação. “O níquel tem tarifa zero de exportação do Canadá para os Estados Unidos. Então, o efeito das tarifas diretamente, ainda que para muitos setores possa ser muito relevante, para nós não é. É um tema que não está nas nossas prioridades neste momento”, destacou.

Cobre
No caso das exportações de cobre, o CFO (na sigla em inglês) da Vale afirmou que as operações comerciais também não serão impactadas. “Nós não temos exportação de cobre do Brasil para os Estados Unidos de forma relevante e, então, não tem efeito sobre a Vale”, frisou.

Reciprocidade
Para Bacci, a Vale “sempre observa” os possíveis “efeitos secundários” de guerras tarifárias que podem respingar com impacto negativo sobre a companhia. Ainda assim, ele mencionou que a eventual medida de reciprocidade que o governo brasileiro poderá impor aos produtos americanos não será sentida de maneira significativa.

“Esse é um dos riscos, porém, de tudo que a gente compra, de tudo que a gente importa, em torno de 5% vem dos Estados Unidos, o que também não é relevante para nós”, afirmou o executivo que comanda a área financeira da mineradora. Segundo ele, a companhia já está estudando “alternativas, caso venha uma retaliação”. A ideia, disse, é trazer máquinas e peças de “outras localidades” para minimizar os efeitos.

Tags:

Solicite sua demonstração do produto Boletins e Alertas

Solicite sua demonstração do produto Fornecimento de Conteúdo

Solicite sua demonstração do produto Publicidade e Branded Content

Solicite sua demonstração do produto Realização e Cobertura de Eventos

Inscreva-se no Boletim Semanal Gratuito

e receba as informações mais importantes sobre infraestrutura no Brasil

Cancele a qualquer momento!