da Agência iNFRA
O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção retraiu 3,5 pontos em agosto, atingindo o pior desempenho para este mês dos últimos nove anos. A pontuação, que estava em 49,5 em julho, caiu para 46, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (23) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), em parceria a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a indústria da construção vem enfrentando problemas progressivos devido à elevação da taxa de juros, “tanto pelo encarecimento do crédito para investimentos quanto pela perda de ritmo da demanda”. Outros índices que registraram queda em agosto foram a evolução do número de empregados, que caiu de 3,8 para 46,3 pontos, e a UCO (Utilização da Capacidade Operacional), com recuo de dois pontos percentuais, para 66%, o menor nível para o mês dos últimos três anos.
Todos os índices de expectativa pioraram em setembro. A expectativa de compras de matérias-primas teve queda de 0,4 ponto, e a de novos empreendimentos e serviços diminuiu 0,9 ponto. A expectativa de número de empregados também apresentou queda, com -0,6 ponto, e o índice de expectativa de nível de atividade caiu 0,7 ponto.
O Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial) da Construção, por sua vez, embora tenha permanecido abaixo da linha divisória de 50 pontos, sinalizando falta de confiança, registrou aumento de 1,2 ponto e chegou aos 47 pontos. A alta se deu pelo crescimento do índice de expectativas, que subiu 1,7 ponto, para 48,9 pontos, revertendo boa parte da queda de 2,4 pontos registrados no mês anterior.








