apresentado por Sindigás
Se o objetivo da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e de todo o governo é ampliar o acesso ao produto, a melhor saída, na visão do Sindigás, não é mexer nas regras atuais, trazendo riscos e insegurança para o mercado. Mas, sim, direcionar os esforços para entregar o GLP a quem mais precisa. Por isso, o Sindigás apoia o programa Gás do Povo, cuja Medida Provisória foi anunciada dia 4 de setembro em Minas Gerais. Hoje, cerca de 23% das famílias brasileiras ainda utilizam lenha ou carvão para cozinhar, o que gera impactos sérios na saúde e no meio ambiente. O Sindigás vê no programa uma oportunidade histórica para levar o GLP às camadas mais vulneráveis da população e reduzir a pobreza energética.
Estudos mostram que a queima de lenha emite 150 vezes mais CO₂ do que o GLP, além de causar doenças respiratórias em mulheres e crianças, principais grupos expostos à fumaça dentro de casa. A expectativa do Gás do Povo, segundo o governo federal, é atender cerca de 15 milhões de famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico, promovendo uma transição mais segura e sustentável.
“As empresas associadas ao Sindigás e as 59 mil revendas espalhadas pelo país têm a experiência e a capilaridade necessárias para garantir que o programa seja eficaz. As empresas vão investir de R$ 1,5 bilhão a R$ 2,5 bilhões na compra de novos botijões necessários para atender a demanda do programa Gás do Povo. Mas, como vamos investir tanto se, a qualquer momento, a regra das marcas no botijão pode ser mudada? Quem vai cuidar de todo esse parque de botijões? O Brasil está começando um novo programa muito eficiente e, ao mesmo tempo, tem uma regra sendo discutida que vai na direção contrária. É preciso fazer uma escolha”, finaliza Bandeira de Mello.








