10/10/2025 | 13h19  •  Atualização: 13/10/2025 | 11h29

Brasil precisará de 345 GW adicionais de energia limpa até 2050, diz PSR

Lais Carregosa, da Agência iNFRA

O Brasil vai precisar de 345 GW (gigawatts) adicionais de energia limpa até 2050 para atender ao crescimento da demanda e manter a matriz elétrica majoritariamente renovável, segundo informações da consultoria PSR divulgadas nesta sexta-feira (10). De acordo com o CEO da PSR, Luiz Barroso, esses investimentos equivalem a um montante de US$ 400 bilhões a US$ 450 bilhões.

O especialista explicou que a expansão da geração projetada pela PSR é neutra e considera os atributos das fontes para o sistema elétrico. Tecnologias como nuclear, biomassa, hidráulica, eólica, solar e armazenamento são consideradas no estudo, além do gás, apesar de não ser “limpo” em termos de emissão de gases de efeito estufa, segundo ele.

Barroso frisou que as fontes de energia renovável consideradas no estudo são economicamente vantajosas, com menos custo em relação às fósseis. O fato de serem “limpas”, segundo ele, é um “bônus” para a energia que já é atrativa do ponto de vista econômico.

“O que mostramos é que, de hoje até 2050, a demanda cresce porque desenvolvemos o país, porque tem data center, hidrogênio, eletrificação e outros consumos. A oferta precisa crescer para atender a essa demanda. Então, como construímos a geração até lá para atender a essa demanda, mas minimizando o custo de investimento e produção para todo mundo? […] Qualquer decisão que tomemos fora do planejamento e que envolva comprar energia fóssil, vai bagunçar esse Norte”, explicou.

Hoje, segundo o estudo, o Brasil tem 90% da matriz formada por fontes renováveis e tem emissões negativas no setor elétrico. Ou seja, ajuda a compensar as emissões de outros setores da economia. Contudo, caso esse percentual seja reduzido a 50% até 2050, por exemplo, as emissões do setor elétrico passarão a ser positivas.

Coalizão COP30
O estudo foi apresentado em evento da “Coalizão do Setor Elétrico para Descarbonização rumo à COP30”, realizado em Brasília nesta sexta-feira (10). A coalizão é liderada pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) e pela Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica).

O trabalho é uma contribuição do setor elétrico para as discussões na COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro. De acordo com a Coalizão, ele foi desenvolvido para “ampliar a oferta e maximizar os potenciais do setor elétrico na descarbonização de outros setores e países”.

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