Luana Dorigon, da Agência iNFRA
Documento da CNT (Confederação Nacional do Transporte) sobre o transporte de carga com sobrepeso aponta que os caminhões estão transportando entre 11% e 31% a mais de carga além do permitido.
Os dados foram apurados nas infrações de trânsito registradas pela Polícia Rodoviária Federal e constam do trabalho (neste link), lançado na última terça-feira (23).
Estruturado em cinco tópicos, o levantamento trata dos aspectos técnicos e legais relacionados à pesagem; multas; os prejuízos e motivos pelos quais os custos operacionais do transportador aumentam quando há transporte com sobrecarga; e os fatores que colocam em risco a segurança do motorista que trafega com sobrepeso.
Além de constituir infração, o trabalho alerta que transitar com sobrepeso provoca o desgaste precoce de peças e de equipamentos e faz com que as necessidades de manutenção sejam mais frequentes, acarretando um gasto adicional a longo prazo e diminuindo a vida útil do veículo.
Segundo o relatório da CNT, suspensão, pneus, freios, motor, transmissão e eixo de tração do veículo são alguns dos principais componentes extremamente prejudicados pelo excesso de carga, por haver um desequilíbrio na distribuição de forças, além de influenciar na perda de qualidade e durabilidade do pavimento rodoviário do país.
A probabilidade de ocorrer um tombamento também é intensificada quando há sobrepeso e má arrumação da carga. A situação é agravada com o aumento da velocidade do veículo e durante a passagem por curvas acentuadas.
O documento sugere ainda que, ciente das desvantagens da sobrecarga, o transportador terá uma visão mais abrangente sobre o assunto e poderá tomar as suas decisões com maior clareza, de modo a contribuir, ainda mais, para o desenvolvimento sustentável do país, garantir a melhor distribuição das cargas e gerar uma concorrência mais justa, com valores de frete mais adequados.