da Agência iNFRA
Durante a COP30, em Belém, nesta terça-feira (11), Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname apresentaram o Instrumento do Programa Amazônia Sempre para Cidades e Infraestrutura Resiliente. A iniciativa busca atrair mais de US$ 1 bilhão em investimentos voltados à segurança hídrica, energia limpa e infraestrutura urbana resiliente, com uma abordagem territorial e multissetorial.
O projeto é coordenado pela Rede Amazônia de Ministros das Finanças e Planejamento e foi formalizado por uma declaração conjunta dos países participantes. O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) apoia a ação, que também conta com fundos climáticos multilaterais, doadores bilaterais e o envolvimento de lideranças locais.
O instrumento prevê soluções financeiras como financiamento misto, concessões baseadas em desempenho, mitigação de risco cambial e garantias de crédito. Além disso, oferecerá assistência técnica a projetos urbanos e periurbanos na região amazônica. Segundo estudo do BID, mais de 70% da população da Amazônia vive em áreas urbanas ou periurbanas que enfrentam carências em água, saneamento, gestão de resíduos, energia, mobilidade e proteção contra eventos extremos.
A ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, que preside a Rede de Ministérios das Finanças e Planejamento, destacou a relevância da iniciativa. “Esta importante ferramenta nos permitirá atuar não só em relação aos recursos hídricos e florestais, mas também em desafios urbanos, uma vez que as cidades são o lar da ampla maioria da população amazônica. Dessa maneira, estamos estrategicamente complementando os esforços nessas duas frentes dos desafios ambientais da região”, disse.
Investimentos e apoios internacionais
A Dinamarca, Noruega e Suécia se comprometeram a viabilizar uma garantia que permitirá ao BID aumentar em US$ 800 milhões sua capacidade de empréstimo para projetos de energia limpa na Amazônia e na América Central.
O Programa de Segurança Hídrica e Resiliência Climática do BID, em parceria com o Fundo Verde para o Clima, destinará US$ 162 milhões em recursos não reembolsáveis, assistência técnica e pré-investimentos para projetos de água potável, saneamento, drenagem, gestão de resíduos e sistemas de alerta precoce.
A Aceleradora de Acesso à Energia Limpa, apoiada pelo Fundo de Investimento Climático, disponibilizará US$ 215 milhões para ampliar o acesso à energia limpa, cozinhas limpas e novas tecnologias.
Já a Aecid (Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento) contribuiu com 6 milhões de euros ao Fundo Espanhol de Cooperação para Água e Saneamento na América Latina e Caribe, com foco na Amazônia.








