da Agência iNFRA
MME (Ministério de Minas e Energia) e EPE (Empresa de Pesquisa Energética) publicaram o Caderno de Demanda Energética do Setor de Transportes do PDE 2035 (Plano Decenal de Expansão de Energia 2035), que projeta mudanças relevantes no perfil de consumo energético do setor ao longo da próxima década. O estudo aponta crescimento do uso de combustíveis de baixo carbono, com destaque para o avanço do SAF (Combustível Sustentável de Aviação), em linha com compromissos internacionais de descarbonização e políticas nacionais de transição energética.
Segundo o documento, o óleo diesel B seguirá como principal energético do setor, alcançando 57,5 bilhões de litros em 2035, mas com maior participação de biocombustíveis na matriz. O consumo de etanol hidratado deve crescer de forma consistente, reduzindo gradualmente a demanda por gasolina nos veículos leves.
No transporte aéreo, a expansão do SAF (Combustível Sustentável de Aviação) ocorre em consonância com metas do Corsia (Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional) e do ProBioQAV (Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação). Já no transporte aquaviário, combustíveis alternativos como biodiesel, GNL (Gás Natural Liquefeito), amônia, hidrogênio e eletricidade ganham espaço, sobretudo a partir da segunda metade do período analisado.
O PDE 2035 também indica mudanças estruturais na logística de cargas e passageiros. O transporte rodoviário permanece dominante, mas a malha ferroviária deve crescer cerca de 20% até 2035, enquanto o transporte aquaviário mantém trajetória de expansão.
No segmento de passageiros, a eletrificação avança de forma gradual, com os veículos eletrificados representando cerca de 6% da frota ao final do período. O estudo reforça a necessidade de planejamento integrado entre política energética, infraestrutura de transportes e estratégias de redução de emissões para sustentar o crescimento do setor de forma mais eficiente e sustentável.








