da Agência iNFRA
Menos de 3% dos municípios brasileiros avaliados estão próximos da universalização do saneamento básico, segundo o Ranking Abes da Universalização do Saneamento 2025. O levantamento analisou 2.483 cidades com dados completos e aponta que apenas 63 municípios (2,54%) atingiram a categoria máxima, “Rumo à universalização”.
A maior parte está nos estágios intermediários: 74,22% aparecem em “Empenho para a universalização”, enquanto 12,36% estão em “Compromisso” e 10,87% permanecem nos “Primeiros passos”.
O estudo evidencia a relação direta entre saneamento e saúde pública. Municípios mais próximos da universalização registram taxas significativamente menores de internações por doenças relacionadas ao saneamento inadequado.
Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, a média de internações cai de 46,78 por 100 mil habitantes, nos municípios em “Primeiros passos”, para 14,16 por 100 mil naqueles classificados como “Rumo à universalização”. Entre municípios menores, a diferença é ainda mais acentuada.
Para o presidente nacional da Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), Marcel Costa Sanches, os dados mostram que o saneamento vai além da infraestrutura. “O Ranking Abes mostra que saneamento é gestão, planejamento e continuidade.
Onde o serviço avança, a consequência aparece na vida real, com menos internações e menos pressão sobre o Sistema Único de Saúde”, afirmou. O levantamento também aponta desigualdades regionais: o Sudeste concentra 59 dos 63 municípios no topo do ranking, enquanto a região Norte não tem nenhuma cidade na categoria máxima.








