da Agência iNFRA
A queda no Índice ABCR de Rodovias no mês de março, pesquisa que mostra o fluxo de veículos pedagiados no país, é assemelhada à redução do período da greve dos caminhoneiros de 2018, mostram os dados da pesquisa, feita pela ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) com a consultoria Tendências.
Considerada a comparação mês a mês, para veículos pesados e leves, o índice estava na faixa dos 150 pontos, estabilizado há cerca de um ano, e foi para baixo dos 120 pontos. Percentualmente, significa uma queda de 18%.
A queda é proporcional ao que ocorreu em maio de 2018, quando dele desceu da faixa dos 160 para a de 130, de acordo com os dados da pesquisa que é realizada desde 2000.
A queda abrupta acontece no segmento dos veículos leves, em que o índice saiu da faixa de 155 pontos para a faixa dos 125 pontos. Jamais foi registrada uma queda tão grande num mês para os veículos de passeio, nem mesmo na greve dos caminhoneiros. No total, 23% de redução.
O fluxo de veículos pesados, no entanto, teve uma queda muito pequena, se considerado o mês contra o outro. Em março, o índice saiu da faixa dos 150 para a de 145 pontos. A redução ficou na casa dos 4%, em percentual para os veículos pesados. Os dados estão disponíveis neste link.
O Índice ABCR é calculado com base no fluxo total de veículos que passa pelas praças pedagiadas do país. O número índice, cuja base média de 1999=100, foi construído com informações de fluxo pedagiado de 33 concessionárias e é composto atualmente pelas informações das praças de 51 concessionárias.
Conforme mostrou a Agência iNFRA na edição 75, as rodovias federais do Brasil mostravam uma redução estimada de 28% no tráfego de veículos pesados e de 70% no de veículos leves, na comparação entre a semana passada e a primeira semana do mês de março.
A estimativa é que 350 mil viagens de caminhão a menos por semana estejam sendo realizadas após a decretação de estado de calamidade pública no país devido à pandemia da Covid-19. Mas essa queda foi menor na região Sudeste, onde há uma concentração maior de praças de pedágio, de acordo com os números da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A reportagem está neste link.