Leila Coimbra, da Agência iNFRA
A Amazonas Energia, distribuidora da Eletrobras que deve ir a leilão de privatização no dia 21 de maio com mais cinco empresas, precisa chegar a um acordo esta semana sobre um débito de R$ 20 bilhões com a Petrobras. É um pré-requisito para que a empresa consiga concluir o processo de desverticalização e seja privatizada.
Segundo o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, o prazo para que Eletrobras e Petrobras cheguem a um acordo é não pode ser prorrogado. “Nós tínhamos fixado esse prazo para ser algumas semanas antes do leilão. Em princípio não [pode ser prorrogado]”, disse Ferreira Júnior, em entrevista recente à Agência iNFRA.
O problema é que a Petrobras tem feito exigências muito duras e quer o vencimento antecipado dos débitos no caso de qualquer nova inadimplência da elétrica para a dívida de R$ 10,9 bilhões que já foi reconhecida. Para outros R$ 7,3 bilhões em débitos ainda em aberto, a Petrobras quer a celebração de um novo contrato de confissão de dívidas, também com cláusula de vencimento antecipado e com previsão de parcelamento em 36 meses, “com taxa de mercado”.
Além disso, a Petrobras quer avaliar junto à Eletrobras a instauração de um processo arbitral na câmara da AGU (Advocacia-Geral da União) sobre R$ 2,8 bilhões de reais em cobranças que a elétrica não reconhece como débitos.