da Agência iNFRA
Usuários do Porto de Salvador (BA) criticaram a obrigatoriedade imposta pela Codeba (Companhia das Docas do Estado da Bahia) de remunerar a utilização do possível novo pátio de triagem de caminhões de carga que vão adentrar o porto.
O presidente da Usuport (Associação de Usuários dos Portos da Bahia), Paulo Villa, informou que está preocupado quanto ao escopo de regulação dessa cobrança, já que a área terrestre está localizada fora do porto, a uma distância de 24 quilômetros.
Em outubro do ano passado, a Codeba abriu chamamento público para encontrar possíveis operadores dispostos a explorar o pátio de triagem e estacionamento para caminhões destinados ou provenientes do Porto de Salvador. A empresa que vencer o chamamento terá que, além de explorar, construir o novo pátio em até 12 meses da assinatura do contrato.
O valor a ser recolhido quando o pátio estiver pronto foi tornado obrigatório pela companhia docas em novembro do ano passado via portaria. Desde a decisão, a Usuport já encaminhou dois ofícios posicionando-se contrária à cobrança do valor. Villa falou que até o momento a associação não obteve resposta da Codeba.
Um dos tópicos apresentados pela associação é que esse novo pátio pode diminuir a eficiência dos caminhões que levam as cargas ao Porto de Salvador e aumentar os custos de logística. Outro motivo exposto é que 87% da carga rodoviária do porto já passa pelo processo de triagem via sistema de agendamento prévio do terminal de contêiner e, segundo a associação, não há razão para a companhia docas repetir a operação.
Procurada pela reportagem, a Codeba e a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) não se manifestaram sobre a futura nova cobrança até o fechamento desta matéria.