da Agência iNFRA
A frota elétrica do país cresceu 85% em 2024, na comparação com o ano anterior, mas a venda de veículos elétricos no ano passado ficou em menos de 7%, o que, segundo a Thymos Energia, “evidencia que o Brasil está no estágio inicial da transição, mas com forte potencial de crescimento”. A empresa de consultoria e gestão de energia desenvolveu um estudo sobre a mobilidade elétrica, o qual mostra que o avanço do segmento necessita depende de se adaptar ao sistema a fim de sustentar uma demanda crescente por energia.
Segundo Luiz Vianna, COO da Thymos, é necessária uma modernização da infraestrutura elétrica, o que envolve digitalização das redes, descentralização da geração e adoção de tecnologias, e depende de investimentos coordenados de múltiplos atores, como o poder público, a indústria automotiva, as empresas de energia e os consumidores. “É preciso investir em carregamento inteligente e intercâmbio de energia entre veículos e a rede”, afirma.
O levantamento feito pela Thymos, intitulado “Mobilidade Elétrica: experiência internacional e condições de contorno para sua difusão no Brasil“, mapeia barreiras à difusão da mobilidade elétrica no país, condições de contorno para superá-las, apresenta um roadmap de soluções e explora tecnologias competidoras para os veículos elétricos.
De acordo com o documento, é preciso rever o modelo tarifário, uma vez que as atuais metodologias não atendem às demandas impostas pela eletromobilidade. Para a consultoria, é “crucial” definir tarifas específicas, que considerem o horário de recarga e a autonomia dos veículos, para garantir o uso eficiente da rede e incentivar a adesão dos consumidores.








