da Agência iNFRA
A ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento) voltará a funcionar com a diretoria completa, sem substitutos, após mais de dois anos. A CMA (Comissão de Meio Ambiente) do Senado aprovou nesta terça-feira (12) as três escolhas do governo Lula, que tinham sido enviadas ao Legislativo no final do ano passado. Larissa de Oliveira Rêgo, Cristiane Collet Battiston e Leonardo Góes Silva deverão se juntar à diretoria da ANA, que hoje tem duas titulares: Veronica Sánchez, presidente, e Ana Carolina Argolo Nascimento de Castro.
Os nomes ainda precisam ser confirmados pelo plenário do Senado. Embora houvesse possibilidade de que a aprovação acontecesse na própria terça, uma nova sessão foi agendada para esta quarta-feira (13), às 14h, e a expectativa é de que os nomes da ANA sejam chancelados pelos demais senadores.
Os novos nomes foram sabatinados na CMA numa sessão tranquila e com poucas perguntas aos indicados. Oliveira Rêgo entrará na vaga de Vitor Saback, que deixou a diretoria em abril de 2023 para ocupar um posto no MME (Ministério de Minas e Energia), cargo no qual não está mais desde maio. Já Battiston ficará na cadeira que era de Filipe de Mello Sampaio Cunha, cujo mandato terminou em janeiro. Silva irá para a vaga aberta com a saída de Maurício Abijaodi Lopes de Vasconcellos, que encerrou o mandato em janeiro do ano passado.
Currículo
Larissa de Oliveira Rêgo é formada em Direito e mestranda em Políticas Públicas e Governo. Ela ocupa desde maio de 2023 o cargo de diretora do Departamento de Irrigação da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica do MIDR (Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional). Também atuou como Coordenadora na Câmara Técnica de Outorga e Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos, do CNRH (Conselho Nacional de Recursos Hídricos).
“Sempre procurei pautar minha atuação considerando a irrigação como elemento essencial e estratégico para o desenvolvimento regional, geração de empregos e renda, bem como a produção de alimentos, fibras e bioenergia, aliada a práticas inovadoras e sustentáveis”, afirmou durante a sabatina.
Já Cristiane Collet Battiston é desde 2023 secretária adjunta de Recursos Hídricos da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil. Na função, a engenheira civil exerceu atividades de articulação, coordenação, planejamento e monitoramento de empreendimentos de infraestrutura hídrica, acesso a água e revitalização de bacias hidrográficas. “Toda a minha trajetória profissional foi voltada às políticas públicas de recursos hídricos, saneamento básico e infraestrutura do nosso país”, disse na CMA.
Battiston tem mestrado e doutorado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. De 2020 a 2022, ela foi coordenadora-geral de Gestão Integrada da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica no antigo MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional). Também já teve passagens em outros cargos do governo, como coordenadora-geral de Recursos Hídricos, Saneamento e Prevenção em Áreas de Risco.
Leonardo Góes Silva é engenheiro agrônomo e em janeiro de 2023 chegou a ocupar o cargo de secretário da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica do MIDR. Mas logo em seguida assumiu a presidência da Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento), onde ficou até ser indicado para a diretoria da ANA. “Sempre atuei, até pela minha formação, na mediação de conflitos, na construção de consensos e na busca de soluções técnicas que conciliem desenvolvimento sustentável, geração de empregos e inclusão social, sobretudo nas áreas rurais”, disse durante a sabatina.
Silva é mestre em Ciências Agrárias e pós-graduado em Concessões e PPPs. Entre 2019 e 2022, foi secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento do estado da Bahia, durante o governo de Rui Costa (PT), hoje ministro da Casa Civil. Na época, foi também presidente do Conselho de Administração da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia e conselheiro da Companhia Habitação e Urbanização da Bahia S/A.






