da Agência iNFRA
A demanda por energia elétrica diminuiu 2,8% em maio, com o avanço do clima frio sobre o centro-sul do país, na comparação com o mesmo mês em 2024, informou a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). A diferença, lembra o órgão, pode estar relacionada ao fato de que, em maio do ano passado, boa parte dos estados sofria os efeitos do fenômeno El Niño.
Esta é a segunda vez seguida neste ano em que a demanda de energia registra uma redução, de acordo com os dados do acompanhamento em tempo real realizado pela CCEE referente ao consumo e à geração em todo o país. A carga média no mês foi de 68.149 MWm. Destes, 38.915 MWm foram destinados ao mercado regulado (um decréscimo de 6,8% em relação ao ano anterior).
No mercado livre de energia, foram registrados 29.234 MWm – o que representou uma alta de 3%. Segundo a comercializadora, o movimento foi puxado “pela chegada de novos consumidores e pelo bom desempenho de quase todos os 15 ramos de atividade econômica acompanhados pela CCEE”.
O setor de extração de minerais metálicos foi o que registrou a maior alta na demanda por eletricidade (14,5%), seguido pela indústria alimentícia (5,1%) e o saneamento (4,2%). Já os setores de comércio, transporte e telecomunicações apresentaram uma diminuição na demanda, com -0,2%, -1,6% e -6,6%, respectivamente.
As regiões Norte, Nordeste e parte do Sul tiveram aumento no consumo de energia elétrica, com destaque para o Acre, que registrou alta de 25,6%. No Sudeste, no Centro-Oeste e em parte do Nordeste houve queda no consumo, sendo mais expressiva no Rio de Janeiro, onde o consumo caiu 11,4%.
A geração de energia pelas hidrelétricas, no mês de maio, foi 2% menor do que no mesmo mês de 2024. As fontes eólica e solar tiveram, respectivamente, aumento na produção de 18% e 10%. Térmicas a biomassa apresentaram crescimento de 2% na geração de energia elétrica, em relação a maio do ano passado.
