da Agência iNFRA
A Maersk está testando uma nova mistura de combustível a bordo do navio Laura Maersk, considerado seu ‘navio verde’. Em 2023, a embarcação se tornou o primeiro navio porta-contêineres do mundo a navegar com metanol, segundo a empresa, para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Agora, a companhia testa uma nova mistura de e-metanol e etanol a 10%.
A empresa tem desenvolvido uma forte estratégia para a descarbonização de sua frota, que é um compromisso do setor para o ano de 2050, mas que a empresa pretende antecipar para 2040. A companhia também testa usar o etanol misturado ao bunker, o combustível fóssil que atualmente é usado nos navios.
O uso de combustível pelos navios no mundo é intensivo. A estimativa feita por especialistas do setor é que o uso de 10% de etanol nos combustíveis de navegação em todo o mundo, resultaria numa demanda desse combustível superior a toda a produção atual do Brasil desse combustível.
O gerente sênior de transição de combustível da Maersk, Peter Normark Sorensen, informou em publicação em suas redes sociais que o objetivo é compreender como o etanol se comporta nos motores bicombustíveis e avaliar se ele pode se tornar parte do futuro mix de combustíveis da empresa. “Estamos testando parâmetros-chave como ignição, combustão, lubricidade e emissões”, explicou em seu post que comemorava o fato do lançamento ser antes da realização da COP 30, em Belém (PA).
O vice-presidente de políticas públicas e regulatórias para a América Latina da Maersk, Danilo Veras, afirmou em publicação em rede social que a iniciativa é “um momento memorável, possível graças à soma de muitos esforços e, em especial, de grandes autoridades públicas e empresas privadas que sempre apoiaram essa causa”, disse Veras.








