A disponibilidade limitada de aeronaves continua a restringir o setor aéreo global, aponta a IATA (Associação de Transporte Aéreo Internacional). Apesar da aceleração nas entregas no final de 2025, a demanda deve superar a oferta até pelo menos 2031–2034, em razão de atrasos acumulados e de uma carteira de pedidos recorde, que ultrapassa 17 mil unidades, equivalente a quase 60% da frota ativa.
A idade média das aeronaves atingiu 15,1 anos, com mais de 5 mil aviões fora de serviço. O descompasso entre fuselagens prontas e motores disponíveis, prazos longos para certificação, tarifas sobre insumos e escassez de mão de obra qualificada agravam os gargalos. Aeronaves cargueiras enfrentam desafios adicionais, com conversões limitadas e envelhecimento da frota.
O impacto financeiro é significativo: os gargalos devem custar US$ 11 bilhões ao setor em 2025, entre combustível, manutenção e leasing de motores, além de estoques excedentes. A eficiência de combustível também desacelera, com melhora de apenas 0,3% em 2025.
A IATA sugere ampliar práticas de pós-venda, aumentar a transparência da cadeia, utilizar dados para manutenção preditiva e expandir capacidade de reparos para reduzir atrasos, melhorar a resiliência e mitigar custos.








