Dimmi Amora, da Agência INFRA
A privatização ou qualquer outra mudança no modelo de gestão da Infraero, se ocorrer, não será realizada no atual governo. Foi o que afirmou o secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Dario Rais Lopes, na quinta-feira (26), em Brasília.
Lopes participava da abertura do Airport Infra Expo 2018 e afirmou, durante palestra, que diferentes órgãos do governo estão elaborando estudos sobre o que fazer com a empresa após o processo de privatização dos aeroportos. Caso a próxima etapa de concessões seja realizada, com a transferência administrativa de 13 aeroportos, 70% dos passageiros passarão a utilizar terminais concedidos. Mas a Infraero ainda ficará com outras 41 unidades para gerir.
“De vez em quando, algum espírito sem luz vaza para a imprensa essas notícias [sobre as possibilidades apontadas nos estudos]. Esse governo não vai fazer nada disso [novas possibilidades de gestão da empresa]. Vai preparar estudos e, na transição de governo, vamos mostrar as alternativas”, afirmou Lopes, lembrando que qualquer solução levará entre um ano e meio de dois anos para ser implementada.
Lopes apontou sua posição pessoal sobre o processo. Segundo ele, o país não pode prescindir de uma empresa pública de gestão de aeroportos, o que é contra a privatização total da empresa, uma das possibilidades estudadas. Segundo ele, também seria “cretino” deixar a Infraero só com “problemas”. Ou seja, aeroportos deficitários.
O secretário lembrou ainda que a solução para a estatal é necessária para a continuidade do programa de concessões aeroportuárias que, na concepção dele, deixou de ser uma iniciativa de governo para ser um programa de Estado.