Sheyla Santos, da Agência iNFRA
O Ministério dos Transportes tem seis leilões de concessões rodoviárias previstos para 2025. O objetivo da pasta é chegar a um pipeline de 15 projetos, segundo a secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse.
A secretária comenta em entrevista à Agência iNFRA sobre 2024 ser o ano com maior número de leilões de concessões rodoviárias da história da pasta, com diversificação de players e regiões atendidas. E lembrou que os projetos para o ano que vem incluem os acordos de repactuações que serão levados a disputa.
“No processo construtivo das otimizações [na SecexConsenso, do TCU], já tem uns três acordos, e em abril a previsão dessa oferta ao mercado lá na B3. Seis [ofertas de concessões] já estão publicadas, e as demais a gente vai publicar em breve”, disse a secretária, destacando que a diversidade regional vai trazer qualidade de infraestrutura em mais regiões.
No dia 19 de dezembro, o ministério e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) realizaram na B3, em São Paulo, o sétimo e último certame do ano, o lote paranaense PR6. Ele é formado pela combinação das rodovias federais BR-163/277/469 e estaduais PR-158/180/182/280/483.
A EPR, associação das empresas Equipav e Perfin, foi a única empresa a participar do leilão, ofertando um desconto de 0,08% no valor do pedágio-teto do leilão. Mas o primeiro leilão de 2025 já acontece no dia 7 de janeiro, a ponte binacional de São Borja (RS).
“Houve uma série de ações que contribuíram para que a gente tivesse essa carteira tão significativa e tão arrojada do tamanho que o Brasil precisa e merece, com sete leilões neste ano. Lembrando que em seis deles nós tivemos vencedores diferentes, alguns com um número bastante significativo de participantes”, destacou a secretária.
Para ela, ter um cronograma e o comprometimento do governo de manter esse cronograma é relevante para o mercado, além da melhoria da qualidade dos projetos mais bem estruturados.
“Nós temos projetos com capex maior e menor, extensão maior e menor nas mais diversas regiões do país e com o compartilhamento de risco adequado para cada tipo de projeto”, explicou, lembrando do intensivo processo de escuta dos players nacionais e estrangeiros para melhorar a qualidade dos estudos.