Os cinco principais grupos que formam o MoveInfra pretendem investir R$ 78 bilhões nos próximos cinco anos em projetos de transportes já contratos. Mas, para que esses investimentos sejam feitos com eficiência, o movimento elegeu algumas premissas que precisam ser implementadas o quanto antes.
No manifesto “Construir o futuro e unir o país”, os líderes das empresas cobram dos que chamam “tomadores de decisão”, governo federal, estados e municípios, Legislativo e Judiciário, “perseguir uma agenda transformadora nos próximos anos”.
“Precisamos de uma reforma tributária e trabalhista adequada para que possamos gerar os empregos necessários para nossos planos. A ampliação das estruturas de financiamento também precisam ser adequadas, como na área de debêntures, precatórios e no mercado de crédito de carbono”, declarou Natália Marcassa, CEO da empresa, no evento de lançamento da associação, na última quinta-feira (8), em Brasília (DF).
A segurança jurídica é outro ponto destacado. Para isso, o movimento aponta para o fortalecimento das agências reguladoras, o reforço das modalidades de autorização e autorregulação nos contratos de infraestrutura, a simplificação e eficiência regulatória, e a aprovação da PEC 1/2021, que determina que 70% dos valores devidos anualmente como contrapartida pela outorga dos serviços de infraestrutura de responsabilidade da União sejam reinvestidos no setor.
Outro ponto fundamental para a geração de empregos – a MoveInfra estima a criação de 100 mil vagas nos próximos cinco anos – é a manutenção de uma lei trabalhista contemporânea e flexível. Os empresários também chamam a atenção para a “ampliação das possibilidades de financiamento via mercado de capitais”.
Assinaram o manifesto os executivos Beto Abreu (Rumo), Décio Amaral (Ultracargo), Eduardo Camargo (CCR Rodovias), Marcelo Guidotti (EcoRodovias) e Antonio Carlos Sepúlveda (Santos Brasil).
