19/11/2025 | 16h27

PDE 2035 projeta avanço da eletrificação no transporte rodoviário

Foto: Pedro Franca/Agência Senado

da Agência iNFRA

O MME (Ministério de Minas e Energia) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) divulgaram o Caderno de Eletromobilidade do PDE (Plano Decenal de Energia) 2035, que apresenta um panorama da expansão da eletrificação no transporte rodoviário brasileiro. O estudo aponta aumento do licenciamento de veículos eletrificados, maior oferta de modelos, redução de preços e avanços tecnológicos, além do impacto de políticas públicas voltadas à renovação de frotas.

Segundo o levantamento, as vendas de veículos eletrificados cresceram 89% em 2024, com destaque para o aumento de 219% nos modelos 100% elétricos. Para 2035, o PDE projeta que 23% dos licenciamentos de veículos leves serão de modelos eletrificados, o equivalente a 784 mil unidades, e que a frota nesse segmento chegará a 3,7 milhões de veículos. A expansão também se reflete em nichos específicos, como comerciais leves usados no last-mile delivery, impulsionados pelo comércio eletrônico e metas corporativas de descarbonização.

No transporte coletivo, o Novo PAC tem acelerado a substituição de frotas, com recursos destinados à compra de ônibus elétricos, veículos Euro VI e sistemas sobre trilhos. As projeções indicam que o país poderá atingir 48,5 mil ônibus eletrificados em 2035, sendo a maior parte composta por modelos puramente elétricos.

Para caminhões, o avanço se concentra nas categorias semileves e leves, que devem registrar participação de 19% nos licenciamentos de veículos elétricos a bateria em 2035. Ao final do período, a frota eletrificada de caminhões — somando modelos a bateria e híbridos — pode chegar a 43 mil unidades, enquanto o diesel permanece predominante entre pesados e semipesados.

A demanda elétrica associada à eletromobilidade deve subir de 627 GWh em 2025 para 7,8 TWh em 2035, o que exige atenção ao planejamento do sistema elétrico e às estruturas tarifárias. O estudo também chama atenção para a concentração geográfica da produção de minerais estratégicos usados em baterias, um desafio global para a cadeia produtiva.

O documento destaca ainda a vantagem competitiva brasileira na disponibilidade de biocombustíveis sustentáveis, como o etanol, que permite uma transição combinando eletrificação, híbridos flex e combustíveis renováveis. Essa diversidade tecnológica é apontada como um dos fatores que podem garantir maior segurança, equilíbrio e redução de emissões no transporte de longo prazo.

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