Sete BRs concentram mais da metade dos acidentes rodoviários, segundo CNT

 

Cláudia Borges, da Agência iNFRA

Estudo da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) aponta que as BRs 101, 116, 381, 040, 153, 364 e 262, apenas sete rodovias federais de 141 avaliadas pelo órgão, foram responsáveis que 51,1% dos acidentes com vítimas entre 2007 e 2017.

O projeto analisou 4.571 trechos de até 10 quilômetros e identificou os mais perigosos, utilizando como critério de gravidade o número de mortes. Os 100 trechos considerados mais perigosos foram responsáveis por 766 mortes e 5.254 acidentes, em 2017.  Entre os primeiros, estão segmentos de rodovias do Espírito Santo, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Piauí.

O trecho mais perigoso do país, considerando o critério utilizado pela CNT, está localizado entre os KMs 343,1 e 353,1 da BR-101 no Espírito Santo, no município de Guarapari. No local, foram registrados 14 acidentes e 21 mortes no ano passado. O local é administrado pela Ecorodovias.

A BR-101 também aparece em segundo lugar, desta vez em Pernambuco, entre os KMs 42 e 52, de responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), no município de Abreu e Lima, onde ocorreram 142 acidentes e 15 mortes. O terceiro local mais perigoso está a BR-040, em Goiás, entre os KMs 10 e 20, em Luziânia, onde houve 103 acidentes e 15 mortes. O trecho está concedido para Via 040, da Invepar.

Diagnóstico
A extensão elevada, o fluxo intenso de veículos e a saturação das rodovias explicam, em parte, segundo a CNT, o índice elevado de acidentes e mortes em poucas rodovias. Entre 2007 e 2017, a frota de veículos do país cresceu 95,6%, enquanto a malha rodoviária federal aumentou apenas 11,3%.

O levantamento identificou ainda que o índice de acidentes em vias de pista simples, de mão dupla e com administração pública, é duas vezes maior do que em trechos de pista dupla com canteiro central.

Os dados mostram que 54% dos acidentes com vítimas nas rodovias federais brasileiras, em 2017, ocorreram em pistas simples de mão dupla e corresponderam a 71,4% das mortes registradas nas rodovias no ano. Isso faz com que as rodovias com gestão pública acabem tendo uma maior taxa de mortalidade em seus acidentes.

No mapa dos acidentes em rodovias federais do país, as regiões Nordeste, Sudeste e Sul aparecem no topo da lista. Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina são os estados campeões no número de acidentes. Mas quando a gravidade está em análise, a Bahia assume a terceira posição. No ano passado, somente nas rodovias federais mineiras foram registrados 8.574 acidentes, 14,6% do total de 89.396, e 869 mortes.

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