Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A sonda de perfuração NS 42 (também denominada ODN-II) afretada pela Petrobras vai partir nesta terça-feira (19) para a locação do poço exploratório pretendido pela estatal na costa do Amapá, na Margem Equatorial, para realização de simulado de emergência junto ao Ibama. O equipamento estava estacionado na costa do Pará, na altura da Ilha de Marajó. A informação foi dada a jornalistas pela diretora de Produção e Exploração da estatal, Sylvia dos Anjos, em evento organizado pelo estaleiro Mac Laren, na FGV-Rio (Fundação Getúlio Vargas).
A chamada APO (Avaliação Pré-Operacional) vai acontecer na semana do dia 24 de agosto e deve durar três ou quatro dias, conforme informado pelo Ibama. A Petrobras espera que a licença ambiental que busca há anos seja emitida nos dias subsequentes aos teste, assim como aconteceu na última APO desse tipo, no litoral do Rio Grande do Norte, também na Margem Equatorial.
Em discurso, Sylvia voltou a defender a exploração na Margem Equatorial e disse que o poço de momento é o primeiro de oito que estão previstos. Ela lembrou que a companhia possui a concessão de seis blocos exploratórios na região. Ela garantiu que a operação vai acontecer em total segurança.
“Existem 12 poços sendo perfurados na Bacia de Campos hoje, neste momento, na Bacia de Campos. E ninguém está preocupado com isso. Essa perfuração na Margem Equatorial vai ser só mais uma perfuração. No Amapá, onde fica esse poço, nós já perfuramos mais de 60 poços em águas rasas, sem nenhum acidente. Em toda a Margem Equatorial, já foram mais de 500 poços sem nehuma intercorrência”, disse.
Ela também reiterou que, para além da mobilização de navios de apoio e segurança, as correntes marinhas no mar do Amapá corre paralelamente ao litoral, de maneira que, em caso de vazamento, o óleo não seria levado para a costa brasileira, na direção da Foz do Rio Amazonas, o que reduzira ainda mais os riscos de operar na região.
