Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A Transpetro, subsidiária da Petrobras para transporte e logística de combustíveis, vai lançar a primeira licitação para aquisição de barcaças e barcos ligados à operação em rios. O movimento representa a entrada da Petrobras no mercado de navegação interior. O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, fala em “ampliação e diversificação dos negócios”.
Por meio deste primeiro certame, a Transpetro vai comprar quatro novas barcaças de 3 mil toneladas de porte bruto (TPB), quatro empurradores e um rebocador.
Mas, até 2026, a companhia planeja alcançar um total de 44 embarcações no segmento, sendo 20 novas barcaças, 20 empurradores e quatro rebocadores, tudo para atuar dentro do território. O operação visa a movimentação de petróleo bruto, derivados e biocombustíveis.
“Com essa iniciativa, alcançaremos, no horizonte de médio prazo, 50% do mercado de transporte de combustíveis por barcaças no Brasil, o que nos posiciona como uma das maiores operadoras de barcaças do país”, escreve Bacci em nota.
As 20 barcaças planejadas terão 3 mil toneladas de porte bruto e permitirão o transporte de um ou mais derivados de petróleo, ou seja, serão modelos com e sem segregação. Elas vão operar com bombas de carga acionadas por motores elétricos e módulo de geração elétrica para reduzir as emissões de carbono da operação.
Primeira licitação
Todas as embarcações previstas neste primeiro edital serão destinadas a operações de transporte de combustíveis e têm previsão de entrada em operação no primeiro semestre de 2026.
A licitação será dividida em dois lotes. Um deles contemplará a aquisição de quatro barcaças e quatro empurradores. O outro será destinado à contratação de um rebocador. O edital será colocado no portal Petronect dentro de alguns dias.
Mercado
O mercado de barcaça no Brasil movimenta, por ano, um volume total de aproximadamente 10 milhões de toneladas de petróleo e combustíveis.
O plano da Transpetro é complementar a infraestrutura existente de dutos, terminais e navios com outros modais, entre os quais está a navegação fluvial. A ideia é ampliar a capacidade de atendimento e reforçar em mercados estratégicos para a Petrobras, como o Norte do País.