Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
A Vale considera abrir uma mina subterrânea no complexo de Sossego, em Canaã dos Carajás (PA), como forma de ampliar o volume de cobre extraído no local. Durante evento, o diretor global de ativos e engenharia da Vale Base Metals – braço do grupo especializado em minerais e metais da transição energética –, Fabio Brandão, ressaltou que essa decisão ainda não foi tomada.
“É uma opção futura a ser estudada”, frisou o diretor da companhia. Ele informou que a mineradora já conta com operações desse tipo no Canadá.
Brandão lembrou que a Vale Base Metals pretende alcançar a produção anual de pelo menos 700 toneladas de cobre entre 2030 e 2035. Parte dos projetos está em fase de licenciamento ambiental.
“O nosso potencial é enorme. Queremos acelerar a nossa produção de cobre. Hoje, nós estamos em torno de 350 mil toneladas anualmente, sendo 280 toneladas no Brasil. Até 2030, queremos chegar com mais produção em Bacaba e Alemão, na faixa de 420 a 500”, disse ele, no Invest Mining Summit 2025.
A mina de Salobo, em Marabá (PA), “é a maior operação de cobre” do Brasil e da Vale como um todo, afirmou o executivo. Segundo ele, o empreendimento está dentro da Flona do Tapirape-Aquiri, unidade de conservação que abrange outros municípios do Pará.
Níquel
Atualmente, a Vale produz níquel no país por meio do complexo Onça Puma, também no Pará. “Nós produzimos o níquel Classe 2, em Onça Puma, que é uma liga de ferro-níquel, mas acabamos de comissionar o Forno 2, que entrou em operação agora no mês passado”, afirmou . Segundo ele, o novo forno vai elevar a produção anual de níquel em mais 15 mil toneladas, alcançando o total de 40 mil toneladas por ano.
O diretor global da Vale Base Metals citou diferentes projetos da companhia no Brasil e no exterior, com foco na exploração de cobre e níquel. A Vale detém 90% de participação na mineradora, enquanto a saudita Manara Minerals Investment Company, detém a parte remanescente de 10%. No exterior, a companhia conta com minas, plantas de moagem, refinarias e complexos com operações integradas, incluindo presenças no Canadá, Reino Unido, Japão e Indonésia.
Brandão participou de debate sobre o tema “Projetos estratégicos de minerais críticos”. Ele defendeu que tanto o nível como o cobre continuarão a ser demandados pela indústria no futuro. “Estamos vivendo uma transformação fantástica, onde o que foi bom ano passado pode não ser bom esse ano. As coisas estão mudando de forma muito rápida, mas seja da geração de energia à indústria aeroespacial, seja do carro elétrico à indústria de defesa, o cobre e o níquel continuam a estar lá”, afirmou.








