da Agência iNFRA
As vendas de cimento somaram 5,5 milhões de toneladas em novembro, alta de 4,1% sobre 2024, segundo o SNIC (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento). No acumulado de janeiro a novembro, o setor movimentou 62,2 milhões de toneladas, crescimento de 3,6%. O despacho por dia útil ficou em 263,9 mil toneladas.
O desempenho é influenciado por fatores como queda do desemprego, menor nível da série, com 102,5 milhões de pessoas ocupadas e renda em patamar recorde. No entanto, de acordo com o Sindicato, o ambiente macroeconômico segue desafiador, com PIB desacelerando, inflação acima da meta, juros elevados e endividamento em 49,1%, além de inadimplência recorde (80,4 milhões).
A confiança da indústria voltou a cair, pressionada por demanda fraca e estoques altos. No varejo de materiais de construção, as vendas recuaram 2% em outubro, levando o setor a reduzir a projeção de crescimento de 2025 para 0,5%. O mercado imobiliário também mostra sinais mistos: lançamentos subiram 1,6% no 3º trimestre, mas as vendas caíram 6,5% e o crédito via SBPE registrou retração de 36% no ano.
O Minha Casa, Minha Vida sustenta parte da demanda. Os lançamentos do programa cresceram 7,9% no ano e as vendas, 15,5%. Cada unidade de 45 m² consome de 4 a 6 toneladas de cimento, o que torna o MCMV determinante para o setor. Novas regras de crédito, como uso ampliado da poupança e aumento do teto de financiamento, devem favorecer a habitação popular e a classe média.








