da Agência iNFRA
A VLI anunciou que dará início à sua operação como ATF-C (Agente Transportador Ferroviário de Cargas) na EFVM (Estrada de Ferro Vitória a Minas), cuja concessão é controlada pela Vale. Segundo a companhia, será a primeira operação no modelo, que permite à empresa fazer o transporte de carga de forma desvinculada da exploração da infraestrutura ferroviária.
A operação foi autorizada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e consiste no transporte de carga geral em composições próprias da VLI na EFVM, o que envolverá o investimento de aproximadamente R$ 600 milhões para a compra de novas locomotivas e vagões, e contratação de mais de 700 pessoas e Minas Gerais e no Espírito Santo. A companhia estima que até o segundo semestre de 2026 esteja com a operação completamente estruturada.
Autonomia
Para o CEO da VLI, Fábio Marchiori, o novo modelo dá mais autonomia na programação de composições e diminui os tempos de parada para troca de equipes e maquinários. O registro para esse tipo de transporte foi feito junto à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) em janeiro deste ano.
Com isso, a VLI pode negociar com outros players, por meio de COEs (Contratos Operacionais Específicos), para realizar o transporte direto de cargas em trechos ferroviários por meio de compartilhamento. O mecanismo foi criado no âmbito da Lei das Ferrovias, de 2021 (Lei 14.273).
João Falcão, diretor da EFVM, afirmou que o novo modelo não altera as obrigações contratuais da Vale, enquanto concessionária da ferrovia, “especialmente as responsabilidades financeiras, de investimentos, de prestação de informação e de manutenção da infraestrutura ferroviária, assim como o transporte de passageiros, cargas gerais e minério de ferro”. “Mantemos nosso compromisso com nossos empregados e com a sociedade”, disse.