da Agência iNFRA
O gás natural vem se consolidando como alternativa cada vez mais adotada em novos projetos imobiliários da capital paranaense. Dados da Compagas indicam que cerca de 70% dos empreendimentos lançados em Curitiba em até 150 metros da rede de distribuição já são entregues com ligação ao sistema canalizado, que atende atualmente mais de 62 mil residências no estado.
A tendência acompanha projeções do MME (Ministério de Minas e Energia) e da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que estimam crescimento de 37,5% na demanda por gás natural nos segmentos residencial, comercial e industrial ao longo da próxima década.
Entre janeiro e junho de 2025, a Compagas adicionou mais de 3,5 mil novos clientes, volume semelhante ao registrado ao longo de todo o ano anterior. A previsão é de chegada a novos municípios nos próximos anos, alcançando 21 cidades que somam 47% do PIB paranaense.
Segundo a Compagas, o uso do gás natural oferece vantagens técnicas e de planejamento. Como a distribuição é feita por rede subterrânea, a infraestrutura necessária ocupa áreas menores: uma estação de gás natural demanda entre 1 m² e 1,5 m², enquanto centrais de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) exigem estruturas maiores e afastamentos específicos por questões de armazenamento. O modelo também reduz custos logísticos e contribui para metas de sustentabilidade.
Estudo da Hoff Analytics aponta elevado potencial de conversão de edificações hoje abastecidas por GLP para o gás natural. A análise, que cruzou dados regulatórios e urbanísticos, identificou milhares de imóveis com viabilidade técnica e geográfica para a migração. De acordo com a empresa, o mapeamento busca apoiar decisões de investimento e acompanhar a trajetória de expansão do combustível em direção a padrões mais sustentáveis e alinhados às diretrizes ESG.
