Gustavo Maschietto*
No final de outubro deste ano, participamos em Munique, na Alemanha, de uma das mais importantes feiras de infraestrutura do mundo, a Bauma, com exposição de produtos e tecnologia para construção, mineração, materiais, componentes e serviços. Trata-se de evento estratégico para que engenheiros e profissionais do mundo conheçam as melhores opções para ampliação do portfólio de tecnologias para o segmento de grandes obras.
A construção pesada brasileira, com suas qualidades e reconhecimento técnico global, tem muito a ganhar com o uso de novas tecnologias como as que foram exibidas na Bauma. Todas com o objetivo de acelerar processos e execuções com ganho para o desenvolvimento socioeconômico, tão importante e essencial para países como o Brasil, onde a infraestrutura tem impacto na solução das desigualdades, na geração de empregos e oportunidades.
Desenvolver projetos de qualidade, confiáveis, sustentáveis e resilientes – incluindo estruturas regionais e transfronteiriças, para apoiar o desenvolvimento econômico e o bem-estar humano, com foco no acesso equitativo e a preços acessíveis para todos é um dos objetivos centrais da engenharia brasileira, que tem buscado conhecimento e tecnologias capazes inclusive de assegurar transparência e qualidade de processos às grandes obras.
Investimentos em inovação são de conhecimento geral são estratégicos para o crescimento econômico e do desenvolvimento. Por isso, não dá para deixá-los de lado quando pensamos nas metas globais para promover o progresso de forma sustentável em todo o mundo. É exatamente sobre este tema que trata o nono dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis) da ONU (Organização das Nações Unidas), a serem cumpridos até 2030. Faz parte da meta do tripé: indústria, inovação e infraestrutura.
Os indicadores definidos pela ONU para acompanhar a meta pendem para a infraestrutura de transporte. Além disso, outros objetivos abordam as demais infraestruturas, como energética e de água e saneamento. Dentro da realidade brasileira, diminuir as desigualdades regionais e da integração do país, em consonância com as políticas já adotadas pelo país para o sistema viário, integram a redação original da ONU.
Promover a industrialização inclusiva e, até 2030, aumentar significativamente a participação da indústria no setor de emprego e no PIB, de acordo com as circunstâncias nacionais, e dobrar sua participação nos países menos desenvolvidos é outro item estratégico. Além disso, é preciso aumentar o acesso das pequenas indústrias e outras empresas, particularmente em países em desenvolvimento, aos serviços financeiros, incluindo crédito acessível e sua integração em cadeias de valor e mercados
Até 2030, modernizar a infraestrutura e reabilitar as indústrias para torná-las sustentáveis, com eficiência aumentada no uso de recursos e maior adoção de tecnologias e processos industriais limpos e ambientalmente corretos; com todos os países atuando de acordo com suas respectivas capacidades.