da Agência iNFRA
O investimento na implementação do projeto Corredor Pré-sal Sul é capaz de gerar 64 mil novos postos de trabalho diretos e adicionar renda de R$ 2,8 bilhões na economia brasileira, com impacto na massa salarial de R$ 1 bilhão. Além disso, o negócio pode ampliar a arrecadação de ICMS em R$ 113 milhões para os governos estaduais.
O Corredor Pré-sal Sul é um projeto de construção de uma nova rede de gás para substituir, a partir de 2028, as decadentes ofertas da Bolívia e da unidade de processamento do produto de Caraguatatuba (SP). O projeto será desenvolvido pela empresa de transporte de gás natural NTS (Nova Transportadora do Sudeste S/A) com recursos privados.
Previsto no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o projeto colocaria no lugar dessas duas fontes de insumo o gás processado no Estado do Rio de Janeiro. Assim, seria possível ligar a principal região produtora do país, o Sudeste, ao maior mercado consumidor, o Centro-Sul.
As projeções dos ganhos com o projeto são do GEE (Grupo de Economia de Energia) da UFRJ, responsável pelo estudo ‘Impactos Socioeconômicos dos Investimentos em Transporte de Gás Natural: Uma Avaliação dos Projetos da NTS no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)’, disponível neste link.
“Esses efeitos têm que ser considerados na decisão de aprovar um projeto de infraestrutura. As externalidades têm que ser valoradas. Isso precisa ser incorporado na agenda regulatória”, afirmou o professor Marcelo Colomer, autor do estudo junto com o professor Helder Queiroz, durante o evento de lançamento do trabalho, realizado na última quinta-feira (23), em Brasília, e transmitido ao vivo pela Agência iNFRA, que pode ser visto neste link.
No momento, a NTS abriu uma consulta ao mercado para apresentar o projeto e receber contribuições em relação às curvas de oferta e demanda de gás na malha interligada de gasodutos. O site para as contribuições está neste link. O CEO da NTS, Erick Portela, alerta no entanto que é necessário acelerar a regulamentação do setor para que seja possível realizar os investimentos que vão gerar os benefícios para toda a sociedade, apresentados no estudo.
“Temos pouca segurança jurídica para realizar investimentos (…) Precisamos discutir muito a regulação para que os investimentos saiam do papel. O impacto está [demonstrado] aqui”, disse Portela durante o evento.
