Sheyla Santos, da Agência iNFRA
A CEL (Comissão Especial de Licitação) do Governo de Mato Grosso do Sul inabilitou o Consórcio K&G Rota da Celulose “diante dos vícios identificados na documentação apresentada” para a concessão da Rota da Celulose. O consórcio é formado pela K-Infra e pela corretora Galápagos, que juntas arremataram em maio o sistema rodoviário formado pelas rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e por trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267.
A decisão publicada na terça-feira (5) atendeu a um recurso apresentado pelo Consórcio Caminhos da Celulose, formado pela XP e construtoras, que ficou em segundo lugar na disputa. Com isso, o consórcio foi convocado a apresentar no dia 13 de agosto, na B3, um envelope contendo os documentos para habilitação.
Ainda de acordo com a CEL, a empresa vencedora e demais interessados na interposição de recurso contra a medida terão três dias úteis para manifestação.
O Consórcio K&G Rota da Celulose levou a concessão da Rota da Celulose com proposta de desconto de 9% sobre a Tarifa Básica de Pedágio. A previsão de investimentos é de R$10,1 bilhões. Na ocasião, a K-Infra já estava envolvida numa disputa com o governo federal em torno da administração da Rodovia do Aço (BR-393/RJ), já que, no diagnóstico do Executivo, a empresa reiteradamente descumpriu o contrato de concessão do trecho, assinado em 2008.
A caducidade acabou sendo decretada em junho, decisão questionada pela K-Infra no STF (Supremo Tribunal Federal).
No caso da Rota da Celulose, o Governo de Mato Grosso do Sul afirmou que durante a fase de recursos foram realizadas diligências e análises pela comissão, quando se constatou que os documentos entregues não atenderam a integralidade exigida no edital.








