Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
Associações do setor de gás divulgaram nota em apoio à Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) pela proposição de um novo marco regulatório para o mercado de biometano no estado, com a finalidade de desenvolver o setor e conectar plantas de produção à malha de distribuição. Propostas de aperfeiçoamento do mercado serão feitas dentro da consulta pública nº 16/2025 da Arsesp.
Assinam o documento a Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) e a Abiogás (Associação Brasileira do Biogás).
“O biometano é fundamental para criar oferta e desenvolver novas demandas em regiões sem infraestrutura, contribuindo para a modicidade tarifária, e representa uma alternativa de curto prazo para a descarbonização de setores intensivos em emissões, como o transporte de cargas pesadas e a mobilidade urbana, devido à sua tecnologia madura, oferta crescente e infraestrutura disponível”, escrevem no documento.
Segundo as entidades, a chegada do biometano ao mercado consumidor pode ser acelerada por meio da infraestrutura de gás canalizado no país, que soma mais de 45 mil quilômetros de gasodutos. Elas citam a conexão de plantas de biometano em estados como Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e mesmo São Paulo.
No estado, citam as entidades, o potencial de produção de biometano chega a 6,4 milhões de m³/dia, oriundos principalmente do setor sucroenergético e de aterros sanitários, conforme estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), continuam, indicam que o Brasil conta com 17 plantas de biometano em operação, totalizando uma capacidade de produção de 1,1 milhão de m³/dia, e existem outras 41 em processo de autorização, que adicionarão 1,6 milhão de m³/dia até 2027.








