11/12/2025 | 14h34  •  Atualização: 11/12/2025 | 18h23

Prefeito defende ações para o fim da mineração em Itabira (MG)

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA

O prefeito de Itabira (MG), Marco Antônio Lage, defendeu nesta quarta-feira (10) que sejam adotadas iniciativas para “reinventar a matriz econômica” de municípios mineradores quando exaurida as reservas. Segundo ele, a Vale já anunciou que isso está previsto para ocorrer com exploração de minério de ferro da cidade em 2041.

“É um horizonte curto que nos impõe coragem, planejamento e união”, afirmou Lage, durante evento com a presença de autoridades, incluindo o presidente Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. “Mesmo que haja alguma sobrevida, todos sabemos que o minério não dá duas safras”, pontuou.

Lage é presidente da Amig Brasil (Associação Brasileira dos Municípios Mineradores). Ao discursar na solenidade de inauguração de centro de radioterapia, o prefeito informou que mantém parceria com a Vale, onde foi criado o “Plano Itapira Sustentável”, com mais de 60 “projetos estruturantes”.

“Itabira pode ser mais um caso de fracasso no relacionamento entre mineração e comunidade ou pode se tornar um exemplo nacional de legado positivo. E convenhamos, faltam exemplos de legados na mineração no Brasil”, destacou.

O prefeito afirmou que Itabira, considerada “berço da mineração no Brasil”, ajudou o bloco dos países Aliados a ganharem a Segunda Guerra Mundial fornecendo minério de alta qualidade para a indústria bélica, a partir de 1942 quando foi criada a Vale do Rio Doce (atual Vale). O minério extraído no local, disse ele, também ajudou a industrializar Minas Gerais e São Paulo e, por meio da exportação, a Europa, o Japão e, mais recentemente, a China.

“Foram mais de 2 bilhões de toneladas de hematita de altíssima qualidade extraída deste solo e essa cidade não pode ser condenada ao abandono quando o minério se for”, destacou Lage.

Minerais Críticos
Para o presidente da Amig, o momento de aposta na exploração de minerais críticos é uma oportunidade de trazer boas práticas para o setor de mineração. “Agora, com a perspectiva das terras raras, dos minerais críticos, os novos territórios da mineração no Brasil têm que mudar esse conceito, tem que ter mais esperança com relação à mineração, e não medo”, disse.

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