Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A petroleira Shell anunciou a assinatura de um contrato de longo prazo no valor de US$ 300 milhões com a empresa de perfuração offshore Valaris para uso de sonda no projeto Orca (ex-Gato do Mato), no norte da Bacia de Santos. A Shell é operadora e tem 50% do negócio, atuando de forma consorciada com a colombiana Ecopetrol (30%) e a francesa TotalEnergies (20%).
A sonda Valaris DS-8 será usada principalmente em Orca para campanha de perfuração e completação prevista para começar em 2027, mas poderá ser aplicada em outras frentes: o escopo do contrato, informou a Shell, inclui operações de intervenção submarina no Parque das Conchas (BC-10) e descomissionamento em Bijupirá e Salema, ativos também operados pela Shell. O contrato também prevê perfuração exploratória como parte das opções de extensão.
A petroleira destaca que o aparelho em questão foi projetado para operar nas águas ultraprofundas do Brasil, com profundidade máxima declarada de até 10.000 pés e podendo ser atualizada para 12.000 pés (aproximadamente 3.658 metros).
‘Mercado-chave’
“O Brasil é um dos mercados-chave da Shell no mundo e continua desempenhando um papel estratégico no crescimento da companhia”, disse a Shell em nota. A companhia tem participação em 70 contratos de upstream no país e participa de 20 unidades de produção offshore atualmente em operação, o que a torna a segunda maior produtora do país, com produção diária média acima de 400 mil barris de óleo equivalente.
Possível venda de participação
A agência de notícias Bloomberg noticiou nesta semana que a Shell buscaria parceiros para a venda de até 20% do projeto Orca com o intuito de levantar recursos a serem usados em seu financiamento. A produção em Orca tem previsão de primeiro óleo para 2029, com capacidade para produzir 120 mil barris por dia em uma engenharia que prevê, inicialmente, reinjeção total do gás associado.








