18/12/2025 | 21h04

Seap II: Petrobras formaliza tomada de decisão final de investimento

Foto: Pedro Teixeira/Agência Brasil

Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA

A Petrobras informou na noite desta quinta-feira (18) que foi aprovada a decisão final de investimento (FID, na sigla em inglês) para o desenvolvimento do projeto SEAP II (Sergipe Águas Profundas módulo dois), focado em produção de gás natural na Bacia de Sergipe-Alagoas.

No comunicado, a Petrobras não cita valores de investimento, porque isso poderia desestimular a competição entre fornecedores dentro das licitações dos projetos.

Esse projeto tem primeiro óleo previsto para 2030 no Plano Estratégico 2026-2030 e está no centro da estratégia da Petrobras para gás natural, mas vinha tendo a licitação do navio plataforma postergada sistematicamente por dificuldades junto a fornecedores. Nos bastidores, chegou-se a falar em adiar o início da operação e o projeto foi colocado publicamente em xeque por executivos da companhia devido à conjuntura de preços mais baixos do petróleo e ameaça de mudança no PRP (Preço de Referência do Petróleo) por meio de lei, o que acabou não avançando. Assim, embora o mercado nunca tenha descartado efetivamente o projeto, o anúncio reforça o compromisso da companhia em tirá-lo do papel até 2030.

No plano quinquenal, a Petrobras destaca uma redução de 7.500 toneladas no peso dos equipamentos após revisão na engenharia do projeto. Isso teria implicado na redução de cerca de 15% do Capex (investimento) relativo à unidade de produção, informa a estatal no documento.

Projeto
SEAP II abrange jazidas de óleo leve pertencentes aos campos de Budião, Budião Noroeste e Budião Sudeste, localizados a cerca de 80 quilômetros da costa nas concessões BM-SEAL-4, BM-SEAL-4A e BM-SEAL-10, respectivamente. A Petrobras é operadora das concessões BM-SEAL-4 (com 75% de participação em parceria com a ONGC, que tem os 25% restantes) e BM-SEAL-4A e BM-SEAL-10, onde detém 100% de participação.

Para o desenvolvimento do projeto está em contratação um FPSO (navio plataforma) por meio de contrato BOT (“Build Operate and Transfer”, em que a construtora do equipamento opera por alguns anos e logo o repassa à Petrobras). A estrutura terá capacidade de 120 mil BPD (barris de óleo por dia) e 12 milhões de m³ por dia. A previsão de conclusão da negociação é o primeiro semestre de 2026, com o primeiro óleo do projeto extraído em 2030.

Seap I
A Petrobras tem, ainda, o projeto SEAP I, que abrange as jazidas pertencentes aos campos de Agulhinha, Agulhinha Oeste, Cavala e Palombeta, localizados nas concessões BM-SEAL-10 e BM-SEAL-11. A Petrobras é operadora das concessões BM-SEAL-11 (com 60% de participação, em parceria com a IBV, dona dos 40% restantes) e BM-SEAL-10, onde detém 100% de participação. A operação desse projeto é prevista para 2031, fora do corrente Plano Estratégico, portanto, que vai até 2030.

“Com volume substancial de gás, considerando potencial de ofertar até 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia, os dois projetos abrem um novo horizonte de investimentos, trazendo uma série de oportunidades para o setor e para os estados de Sergipe e Alagoas”, diz em nota a Petrobras. A companhia ainda destaca o arrojo tecnológico do empreendimento, devido a proposta de produção em profundidade d´água superior a 2.500 metros, alcançando até três mil metros.

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