Geraldo Campos Jr. e Marisa Wanzeller, da Agência iNFRA
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), manifestou apoio ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da MP 1.304, por ofensas e agressões verbais que o parlamentar sofreu na saída da comissão nesta quarta-feira (29). Em discurso no plenário, Alcolumbre lamentou que “alguns atores que estavam na saída da comissão ofenderam um colega senador porque eram contrários ao relatório apresentado”.
“Todo mundo tem o direito de discordar, mas em nenhum momento podemos partir para uma agressão desenfreada, sem o respeito a um ser humano, um cidadão brasileiro e senador cumprindo as suas atribuições”, afirmou o presidente do Senado. “A Casa da Federação estará de portas abertas a quem quer vir colaborar e construir um país melhor, mas não para aqueles que insistem em agredir e ofender”, afirmou o presidente do Senado e do Congresso Nacional.
O senador Braga foi abordado por manifestantes que o gravavam e o acusavam de querer acabar com postos de trabalho no segmento de GD (geração distribuída solar).
“Aí Brasil, aqui está o senador que é contra a geração distribuída no Brasil. Milhões de brasileiros vão perder emprego por causa do senhor, senador”, disse uma pessoa gravando o relator, que retrucou dizendo que ele estava mentindo.
Alcolumbre disse que procurará o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para elaborar um projeto que endureça as regras de acesso ao Congresso.
Braga se defende
Em nota, o senador Eduardo Braga disse que “reafirma o seu compromisso com a manutenção de empregos em todos os segmentos envolvidos” e que aguarda as investigações do Senado da República sobre o episódio.
Ele ressaltou que o relatório preserva os direitos de quem já tem sistemas de geração de energia solar em casa e garante que os micro e minigeradores com contratos ativos não terão custo adicional de energia, protegendo os investimentos realizados e os empregos do setor. Apenas os novos geradores que não fizerem armazenamento de energia pagarão R$ 20 a cada 100 kWh produzidos, destacou.
Braga explicou que esse valor não se aplica a quem utiliza qualquer forma de armazenamento – como baterias, tanques ou lagos – e reafirmou que o objetivo é garantir segurança jurídica e estabilidade para o mercado de energia limpa.








